História, Mulher do Séc XXI e Poder
Por Marcia Canêdo
A história criou o mito do sexo frágil, da impotência feminina e sua dependência existencial ao ser masculino. É o que denominamos machismo: a mulher como sendo inferior ao homem. Nos primórdios a representação de fragilidade está ligada à história de origem do mundo, que embora apresente a força sedutora de Eva, deixa a marca da fraqueza, do pecado e da traição ao próprio Deus. É um paradoxo em que força e fraqueza se entrelaçam fazendo recair sobre a mulher a origem do mal sobre a vida por meio da sedução. Enfim a figura feminina sempre apareceu inserida nas contradições da história.
O tempo passou e a mulher de mãe, esposa e dona de casa começou a buscar um novo espaço na sociedade. Hoje no mercado de trabalho, a brasileira já chega a fazer parte de 44% da População Economicamente Ativa, mesmo que ainda ganhe menos e ocupe apenas 14% dos cargos de direção das 500 maiores empresas brasileiras (pesquisa IBGE) , mesmo assim, executivas ou empreendedoras começam a fazer parte da nova paisagem empresarial brasileira causando desconforto em muitos homens em serem chefiados por uma mulher. Segundo pesquisas, não é um estereótipo afirmar que as mulheres quando em posição de poder dão atenção a temas diferentes - em geral sociais - em comparação com seus pares masculinos. O que se formos analisar é compreensível dado a criação que ela recebe a tornando, na maior parte das vezes, uma pessoa mais sensível às mazelas humanas.
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