sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Problematização dos Construtos que têm Orientado a Pesquisa.

RESENHA

MOITA LOPES, Luiz Paulo da, Problematização dos Construtos que têm Orientado a Pesquisa. In:Luiz Paulo da MOITA LOPES . Linguística Aplicada e a vida contemporânea. São Paulo: Parábola, 2006, p.[85 a 105]
Partindo da crítica à modernidade, bem como, à episteme ocidentalista, ou seja, o fato de ter-se a Europa como modelo de mundo moderno e produção de conhecimento que não leva em consideração a verdadeira vida social daqueles que estão à margem, Moita Lopes propõe, através de uma nova forma de conceber o conhecimento, produzido em Linguística Aplicada, não mais voltado a atender a hegemonia do mercado globalizado homogêneo e do dominante capitalismo contemporâneo, mas, sim, uma pesquisa com implicações para a vida social atual, que compreende as diversas vozes: os pobres, os grupos étnicos, os favelados, homens e mulheres em sua totalidade de pensamento e liberdade. Moita Lopes chama ainda a atenção para a questão antagônica entre desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento social, onde o fator exclusão é alarmante, pois, enquanto nos diversos setores da sociedade o avanço tecnológico é visível, poucos conseguem tocá-lo, servindo apenas como um tipo de marketing do mercado feito pela mídia. Sendo esta a grande aliciadora da sociedade para o mercado, “ainda que muitos sejam apenas consumidores imaginários” (p. 93). 
Visando uma Linguística Aplicada atual e interdisciplinar com outros campos das ciências sociais e humanas, Luiz Paulo da Moita Lopes que é doutor, professor e pesquisador nessa área vem insistindo firmemente nesse propósito há mais de quinze anos, inclusive com diversas obras publicadas nacional e internacionalmente em Linguística Aplicada. Na busca de atingir tais objetivos, o autor norteou-se no texto por meio de quatro pontos principais de discurso, a saber: a imprescindibilidade de uma Linguística Aplicada híbrida ou mestiça; a Linguística Aplicada como uma área que explode a relação entre teoria e prática; um outro sujeito para Linguística Aplicada: as vozes do Sul; a Linguística Aplicada como área em que ética e poder são os novos pilares. 
De acordo com estas propostas, deveria alargar-se o campo de atuação da LA, abrindo-se, desta forma, as várias ramificações das ciências sociais e humanas, a fim de construir conhecimentos válidos para a sociedade atual. Neste caso, que se pode chamar de interdisciplinaridade, essa junção contribuiria significativamente para responder aos constantes questionamentos sociais, suas mudanças e, assim, as diversas vozes à margem da sociedade. A estas últimas, chamam-se vozes do Sul e é preciso ouvi-las no momento de elaboração de uma pesquisa em LA para não distanciar, por assim dizer, a teoria da prática. Neste ponto, Moita Lopes faz uma crítica à ciência moderna, pois, para ele, qualquer pesquisador que se habilite a produzir conhecimentos necessários à vida social deve estar consciente de que faz parte dela, logo, não cabendo tanta imparcialidade quanto a que é imposta pelo método científico. Com este pensamento, o autor parece mostrar-se ansioso por um método científico que seja parcial, dedicado a atender a grupos particulares da sociedade, o que parece um querer distanciar-se da ciência e aproxima-se de uma ideologia fundamentada para alguns grupos sociais. Não é de um querer pretensioso da ciência moderna que o sujeito de sua pesquisa seja homogêneo, mas uma consequência de seus métodos, que busca a imparcialidade e abrangência de suas teorias. No caso dos estudos de LA na área de ensino/aprendizagem de línguas é certo que muitas pesquisas focalizam-se apenas na racionalidade, esquecendo-se que os sujeitos em questão, professores e alunos, são seres sociais e históricos, mas também o que deve ser posto em relevo, neste caso, é sua racionalidade, capacidade de raciocínio e atitudes em face do ensino/aprendizagem. Por fim, a ética deve ser indispensável e norteadora em todas as pesquisas, ainda mais, naquelas de ciências sociais e humanas, como é o caso da LA, onde se deve fazer como diz Lopes, “a exclusão de significados que causem sofrimento humano ou significados que façam mal aos outros” (p.103) e que para tanto se tem de ouvir as vozes daqueles que sofrem às margens da sociedade. 
Tendo em vista todo ideário traçado pelo autor, a fim de tornar a Linguística Aplicada uma ciência que dialogue e sirva à sociedade contemporânea, conclui-se que essa perspectiva é emergencialmente praticável, pelo fato de estar-se em um país dinâmico em sua heterogeneidade de raças, credos, cultura e pensamento e não só pelos mais excluídos e sofridos da sociedade, como destaca Moita. E mesmo sendo uma utopia a busca por uma nova ordem social, isto é, uma reinvenção desta por meio da produção de conhecimento, há de se respeitar que o conhecimento quando produzido com ética e respeito para com aqueles para os quais se destina, pode mudar qualquer realidade.

Benildo Gomes da Silva, 
Graduando em Licenciatura Letras/Inglês
Universidade Federal de Alagoas.

sábado, 15 de junho de 2013

Atividade do Blog 4


INTERTEXTUALIDADE



   A intertextualidade é a relação que se estabelece entre dois textos quando um deles faz referência a elementos existentes no outro texto.. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo, à forma, ou mesmo forma e conteúdo.


Tipos de Intertextualidades-Temática, Estilística, Explícita, Implícita.


Intertextualidade Temática- Ela é encontrada, por exemplo, em textos científicos pertencentes a uma mesma área de saber ou uma mesma corrente de pensamento, que partilham temas e se servem de conceitos teóricos.


Exemplos:nas epopeias; nos textos literários de gêneros diferentes; diversos contos de fada, etc.


Intertextualidade EstilísticaÉ a existência de uma intertextualidade apenas de forma, como por vezes se costuma postular. E dá estilo ao texto.

Exemplos: repetir; imitar; parodiar certos estilos ou variedades linguísticas.


Intertextualidade Explícita- É quando no próprio texto, é feita menção à fonte do intertexto, isto é, quando outro texto ou um fragmento é citado, é atribuído a outro enunciado.


Exemplos: citações, referências, menções, resumos, resenhas e traduções; em textos argumentativos.


Intertextualidade Implícita- Quando se introduz, no próprio texto, intertexto alheio, sem menção explícita da fonte. Coloca em questão, de ridicularizar, argumentar em sentido contrário.


Exemplos: trechos de obras literárias, músicas populares, bordões de propaganda humorísticos, provérbios, frases feitas, ditos populares, etc.


Análise realizada em sala de aula sobre "As mil e uma noites", O retorno e Terno... de Rubens Alves, onde levantamos alguns pontos.



Rubens Alves nasceu em Boa Esperança, em Minas Gerais (1933) é teólogo, educador e escritor brasileiro. É autor prolífico de livros sobre filosofia, teologia e estórias infantis.



" As mil e uma Noites", O retorno e Terno....




   Estou me entregando ao prazer ocioso de reler As mil e uma noites. O encantamento começa com o título que, nas palavras de Jorge Luis Borges, é um dos mais belos do mundo. Segundo ele, a sua beleza particular se deve ao fato de que a palavra mil é, para nós, quase sinônimo de infinito. "Falar em mil noites é falar em infinitas noites. E dizer mil e uma noites é acrescentar uma além do infinito."
   As mil e uma noites são a estória de um amor - um amor que não acaba nunca. Não existe ali lugar para os versos imortais do Vinícius (tão belos que o próprio Diabo citou em sua polêmica com o Criador): "Que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure..." Estas são palavras de alguém que já sente o sopro do vento que dentro em pouco apagará a vela: declaração de amor que anuncia uma despedida.
   Mas é isto que quem ama não aceita. Mesmo aqueles em quem a chama se apagou sonham em ouvir de alguém, um dia, as palavras que Heine escreveu para uma mulher: ‘‘Eu te amarei eternamente e ainda depois.” É preciso que a chama não se apague nunca, mesmo que a vela vá se consumindo. A arte de amar é a arte de não deixar que a chama se apague. Não se deve deixar a luz dormir. É preciso se apressar em acorda-la (Bachelard). E, coisa curiosa: a mesma chama que o vento impetuoso apaga volta a se acender pela carícia do sopro suave...
   As mil e uma noites são uma estória da luta entre o vento impetuoso e o sopro suave. Ela revela o segredo do amor que não se apaga nunca.
  Um sultão, descobrindo-se traído pela esposa a quem amava perdidamente, toma uma decisão cruel. Não podia viver sem o amor de uma mulher. Mas também não podia suportar a possibilidade da traição. Resolve, então, que iria se casar com as moças mais belas dos seus domínios, mas depois da primeira noite de amor, mandaria decapitá-las. Assim o amor se renovaria a cada dia em todo o seu vigor de fogo impetuoso, sem nenhum sopro de infidelidade que pudesse apagá-lo. Espalham-se logo, pelo reino, as notícias das coisas terríveis que aconteciam no palácio real: as jovens desapareciam, logo depois da noite nupcial. Sherazade, filha do vizir, procura então o seu pai e lhe anuncia sua espantosa decisão: desejava tomar-se esposa do sultão. O pai, desesperado, lhe revela o triste destino que a aguardava, pois ele mesmo era quem cuidava das execuções. Mas a jovem se mantém irredutível.
  A forma como o texto descreve a jovem Sherazade é reveladora. Quase nada diz sobre sua beleza. Faz silêncio total sobre o seu virtuosismo erótico. Mas conta que ela lera livros de toda espécie, que havia memorizado grande quantidade de poemas e narrativas, que decorara os provérbios populares e as
sentenças dos filósofos.
   E Sherazade se casa com o sultão. Realizados os atos de amor físico que acontecem nas noites de núpcias, quando o fogo do amor carnal já se esgotara no corpo do esposo, quando só restava esperar o raiar do dia para que a jovem fosse sacrificada, ela começa a falar. Conta estórias. Suas palavras penetram os ouvidos vaginais do sultão. Suavemente, como música. O ouvido é feminino, vazio que espera e acolhe, que se permite ser penetrado. A fala é masculina, algo que cresce e penetra nos vazios da alma. Segundo antiquíssima tradição, foi assim que o deus humano foi concebido: pelo sopro poético do Verbo divino, penetrando os ouvidos encantados e acolhedores de uma Virgem.
  O corpo é um lugar maravilhoso de delícias. Mas Sherazade sabia que todo amor construído sobre as delícias do corpo tem vida breve. A chama se apaga tão logo o corpo se tenha esvaziado do seu fogo. O seu triste destino é ser decapitado pela madrugada: não é eterno, posto que é chama. E então, quando as chamas dos corpos já se haviam apagado, Sherazade sopra suavemente. Fala. Erotiza os vazios adormecidos do sultão. Acorda o mundo mágico da fantasia. Cada estória contém uma outra, dentro de si, infinitamente. Não há um orgasmo que ponha fim ao desejo. E ela lhe parece bela, como nenhuma outra. Porque uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela...
   Conta a estória que o sultão, encantado pelas estórias de Sherazade, foi adiando a execução, por mil e uma noites, eternamente e um dia mais.
   Não se trata de uma estória de amor, entre outras. É, ao contrário, a estória do nascimento e da vida do amor. O amor vive neste sutil fio de conversação, balançando-se entre a boca e o ouvido. A Sônia Braga, ao final do documentário de celebração dos 60 anos do Tom Jobim, disse que o Tom era o homem que toda mulher gostaria de ter. E explicou: ''Porque ele é masculino e feminino ao mesmo tempo... '' o segredo do amor é a androgenia: somos todos, homens e mulheres, masculinos e femininos ao mesmo tempo. É preciso saber ouvir. Acolher. Deixar que o outro entre dentro da gente. Ouvir em silêncio. Sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões. Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida. Alfange que decapita. 
   Há pessoas muito velhas cujos ouvidos ainda são virginais: nunca foram penetrados. E é preciso saber falar. Há cenas falas que são um estupro. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro. 
   As mil e uma noites são a estória de cada um. Em cada um mora um sultão. Em cada um mora uma Sherazade. Aqueles que se dedicam à sutil e deliciosa arte de fazer amor com a boca e o ouvido (estes órgãos sexuais que nunca vi mencionados nos tratados de educação sexual...) podem ter a esperança de que as madrugadas não terminarão com o vento que apaga a vela, mas com o sopro que a faz reacender-se.
   Análise realizada em sala de aula sobre o texto "As mil e uma Noites", O retorno e Terno.... de Rubens Alves, onde levantamos alguns pontos, apresenta vários tipos de intertextualidades que serão citadas abaixo:

Intertextualidade temática sobre o amor, romantismo e contos de fadas.

Intertextualidade estilística na forma narrativa( exemplo : [...]" Um sultão, descobrindo-se traído pela esposa a quem amava perdidamente, toma uma decisão cruel...."- Rubem Alves 1992:24) e poética (exemplo : [...]" Suas palavras penetram os ouvidos vaginais do sultão. Suavemente, como musica. O ouvido é feminino, vazio que espera e acolhe, que se permite ser penetrado...." - Rubem Alves 1992:24). 

Intertextualidade explicita nas citações em geral ( ex.:Filósofos, contos, artistas, jornalistas, etc ...). 

Intertextualidade implícita no trecho em fala [...] Não existe ali lugar para os versos imortais de Vinicius (tão belos que o próprio Diabo citou em sua polêmica com o Criador): "Que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure...", dando a ideia que se o leitor já conhecesse tais versos ele faria uma referência aos versos de Vinícius de Moraes.
























quarta-feira, 12 de junho de 2013




                       SINOPSE 1


Inspirado no livro homônimo de 1995, assinado por Ziraldo, o filme Uma Professora Muito Maluquinha tem Paola Oliveira como protagonista, no papel de Cate. Depois de ter estudado fora durante alguns anos, jovem de 18 anos voltou à cidade natal, no interior de Minas Gerais, para dar aulas na escola primária e, logo de cara, conquistou os alunos. Os rapazes da pequena cidade também andam atrás da recém-chegada. Aliás, os pretendentes não são poucos: o professor de Geografia Mário, Pedro Poeta, Carlito e Rodolfo Valentino. O jeito entusiasmado e comunicativo da garota, no entanto, não agradou as professoras conservadoras do local, que tentam afastar a moça do cargo à qualquer custo. As gravações do filme, ambientado na década de 40, foram feitas em São João Del Rei (MG).



(Créditos: Divulgação/ Ique Esteves)





(Créditos: Divulgação/ Ique Esteves)



(Créditos: Divulgação/ Ique Esteves)



(Créditos: Divulgação/ Ique Esteves)


(Créditos: Divulgação/ Ique Esteves)





Fonte:http://www.guiadasemana.com.br/cinema/filmes/sinopse/uma-professora-muito-maluquinha



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            SINOPSE 2






Catharina (Paola Oliveira) foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18 anos, retornou à sua cidade natal e passou a trabalhar em uma escola primária. O único problema é que sua chegada começa logo a provocar certos rebuliços na cidade porque seu comportamento totalmente diferente do tradicional, pessoal e profissionalmente falando, começa a incomodar as pessoas.

Mas a cidade também recebe o padre Beto (Joaquim Lopes), discípulo de Monsenhor Félix (Chico Anysio), que também retorna e acaba sendo procurado pelas tradicionais professoras que querem derrubar a querida professorinha que conquistou o coração de sua turma com seus métodos não convencionais de ensino. Sem contar que ela desperta atração nos homens da cidade, como Mário (Max Fercondini) Carlito (Cadu Fávero) e Pedro Poeta (odrigo Pandolfo). Pressionada, Amanda encontra-se dividida entre a paixão pelo ensino e o amor proibido, que aflora em seu coração e fica cada vez mais forte.


Fotos:
Filme Uma Professora muito Maluquinha   Sinopse, Trailer e Fotos 1x1.trans
Filme Uma Professora muito Maluquinha   Sinopse, Trailer e Fotos 1x1.trans
*O Filme mostra uma Professora que ensina as crianças com métodos diferentes.
Filme Uma Professora muito Maluquinha   Sinopse, Trailer e Fotos 1x1.trans
Filme Uma Professora muito Maluquinha   Sinopse, Trailer e Fotos 1x1.trans
Trailer:



Fonte:http://www.not1.com.br/filme-uma-professora-muito-maluquinha-sinopse-trailer-e-fotos/





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Ethos


Uma professora muito maluquinha



   A Professora muito maluquinha, com suas ideias pra lá de inovadoras e revolucionárias, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, causa um furdunço incrível e cria enormes descontentamentos entre os docentes e diretores da instituição educacional. Essa nova forma fantástica e inovadora de ensinar, que motiva e surpreende aos alunos de sua classe, desperta neles o gosto e a liberdade de aprender. Tais métodos empregados fogem totalmente aos padrões estabelecidos naquela região interiorana, baseados apenas na repetição cansativa de regras e disciplina a ser obedecida.



                                           

terça-feira, 11 de junho de 2013


ATIVIDADE DO BLOG 5

Os quatro tipos de intertextualidade

         A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos. Gêneros textuais que mostrem os quatro tipos de intertextualidade ensinado em sala de aula: Temática  Estilística, Explícita e Implícita.



  1. Intertextualidade Temática: a temática trata da relação de textos de uma mesma área de um saber científico ou de mesma corrente teórica, pois utilizam conceitos e terminologias próprios, pré-definidos por cada área. Um exemplo de Temática acontece entre os romances “Inocência” de Visconde de Taunay e “O Sertanejo”  de José de Alencar. Ambas as obras tratam essencialmente das seguintes características literárias: amor idealizado, nacionalismo, etc.




               Inocência - Visconde de Taunay 




2. Intertextualidade Estilística: a estilística utiliza as formas de um texto pré-existente, seja na forma de poema, de Narração e outras formas as rimas, as sonoridades para compor um novo texto. Observe os dois textos abaixo e note como Murilo Mendes (século XX) faz referência ao texto de Gonçalves Dias (século XIX):




Canção do Exílio

Nota-se que há correspondência entre os dois textos. A paródia-piadista de Murilo Mendes é um exemplo de intertextualidade, uma vez que seu texto foi criado tomando como ponto de partida o texto de Gonçalves Dias.




3.Intertextualidade Explícita: na explícita, há a presença efetiva de um texto em outro texto, isto é, utiliza-se um fragmento de um livro e faz-se referência ao autor. Como exemplo, veja a propaganda da FIFA que utiliza claramente um trecho da "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias (século XIX):











4. Intertextualidade Implícita: a intertextualidade implícita trata do uso dos escritos de um autor sem fazer menção ele, ficando, assim, como idéias novas ou próprias do novo escritor. Por exemplo, a campanha publicitária da WWF utiliza o refrão da música "Que País É Esse?" de Legião Urbana.





 
























terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma mulher a frente de seu tempo: Helena de Atenas

Ainda com relação a evolução do comportamento feminino através dos tempos, até os dias atuais, podemos olhar para a história e citar Helena de Atenas como uma mulher vanguardista, isto é, Helena é a mulher liberal que segue o seu coração e, a negação do comportamento das mulheres de Atenas. Estas eram submissas aos seus maridos, virtuosas, dadas ao trabalho e fiéis ao seu papel na sociedade. Helena é dominada pela sua paixão. Segue abaixo o vídeo Mulheres de Atenas por Chico Buarque, que trata desse antagonismo entre as mulheres comuns de Atenas e Helena, uma semideusa. 


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Resenha Crítica: "Uma Professora Muito Maluquinha"

Escrito por Aníbal Santiago



uma-professora-muito-maluquinha-poster.jpg (450×658)
Inspirado no livro homónimo da autoria de Ziraldo, um autor conhecido pelas suas obras direccionadas para o público infantil, “Uma Professora Muito Maluquinha” transporta o espectador para um mundo semelhante ao que estamos habituados a ver nos contos de fadas, um mundo em que os personagens aparecem recheados de uma grande dose de ingenuidade, companheirismo e simplicidade, ao mesmo tempo que vivem intensamente. Claro que num conto de fadas, ou, se preferirem, numa história de encantar, não poderiam faltar antagonistas e momentos adversos, tais como a morte, mas estes nunca acabam por constituir uma verdadeira ameaça à alegria dos protagonistas. Este conto de fadas desenrola-se numa pequena cidade brasileira durante a década de 40 e tem no centro da história uma professora jovem e incrivelmente bela, que conquista os corações dos alunos e dos homens da região.
Esta jovem professora é interpretada por Paola Oliveira, uma actriz que revelou ser uma bela surpresa na obra em questão, ao criar uma personagem contagiante, simples, bela e muito infantil, sempre sem cair nos exageros. Oliveira soube tirar partido não só da sua arte para a representação, mas também da sua beleza e graciosidade, sendo fácil perceber porque é que esta professora sorridente encantou tão facilmente os jovens e apaixonou de forma fulminante os homens. Paola Oliveira incute um espírito gracioso e algo ingénuo à personagem que interpreta, sempre com um sorriso e um entusiasmo contagiante, que se integra na perfeição com os restantes elementos do elenco, sejam estes o conceituado Chico Anysio, ou os elementos do elenco infantil. 
A relação de cumplicidade entre esta e os actores mais jovens é um dos pontos fortes do filme, sobressaindo o desempenho da jovem Ana Beatriz Caruncho como Cibele e o de Caio Manhete como Luisinho. Além disso, o filme conta ainda com a presença de um sempre talentoso Chico Anysio como o Monsenhor Félix, com o astro brasileiro a oferecer ao público mais um desempenho marcante.
A dupla de realizadores formada por André Alves Pinto e César Rodrigues conseguem transpor para o grande ecrã uma obra literária bastante popular no Brasil e transformá-la numa obra cinematográfica repleta de pequenos elementos que despertam a nostalgia e o encanto do público. A nostalgia criada pelo ambiente do filme é um dos factores fulcrais para a obra funcionar, ao levar o espectador para um tempo que não existe, mas no qual este certamente gostaria de ter vivido. Veja-se o relacionamento entre os colegas de turma, os diálogos entre os personagens, a forma como estes encaram a vida, o amor, a maneira como se vestem, a importância dada aos elementos religiosos (entre os quais o Monsenhor), tudo ajuda para transportar-nos para uma época muito diferente da nossa, que cria uma nostalgia por um tempo nunca vivido.
O próprio cenário no qual foi filmado grande parte de “Uma Professora Muito Maluquinha”, nomeadamente a cidade de São João del Rey, um local do interior de Minas Gerais que apresenta várias características de décadas anteriores, ajuda a criar todo um ambiente adequado ao enredo da obra cinematográfica, que, como foi referido, se desenrola durante os anos 40 do século XX. As alusões esta década não se ficam pelas acima mencionadas: temos ainda a referência ao facto de Adolf Hitler estar a dominar militarmente a Europa, as salas de cinema a passarem “Cléopatra” de Cecil B. DeMille (um filme de 1934), entre muitos outros elementos. 
Este tom que procura despertar a nostalgia do espectador e, ao mesmo, encantá-lo é ainda realçado pela banda-sonora, que conta com alguns temas que sobressaem ao longo da narrativa, entre os quais “Mesmo Amor” de Paula Morelenbaum, “Dia Comum” de Milton Nascimento ou “Menina, Amanhã de Manhã” de Fernanda Takai. Destes, claramente sobressai “Mesmo Amor” de Paula Morelenbaum, que se enquadra na perfeição com as cenas em que a música é reproduzida, sobressaindo ainda mais aquilo que as imagens em movimento apresentam.
Apesar de toda esta leveza do enredo, o filme efectua uma crítica mordaz ao modelo de educação demasiado rígido leccionado nas escolas, que procura apenas colocar os professores a debitar matéria e não a cativar os alunos, não promovendo a vontade pelo saber, mas sim a sua mecanização. Enquanto que entre os defensores de um método de ensino inovador e motivador dos alunos se encontra Catarina, do outro constam as três professoras e a directora, que pretendem reprimir os ímpetos inovadores da primeira. Esta procura despertar o lado mais criativo dos seus alunos, despertar a curiosidade destes para aprenderem as matérias, procurar mostrar que cada um é especial à sua maneira, ou seja, procura despertar a curiosidade pelo saber. Apesar do filme desenvolver uma crítica subtil ao sistema de edução brasileiro através desta querela entre as professoras e Catarina, a verdade é que esta crítica pode muito bem ser aplicada à realidade nacional. Este espírito crítico é mais um dos pormenores adaptados do livro de Ziraldo e é uma temática pela qual o escritor sempre lutou, quer nas suas obras, quer em aparições públicas. Pode-se rebater que a realidade actual é outra, que as crianças actualmente reagem de outra maneira; no entanto, é impossível negar que o método de ensino nas escolas privilegia sempre o decorar e o saber de forma quase mecanizada, ao invés de procurar despertar o saber nos alunos.
Apesar de ser uma comédia bastante efectiva, “Uma Professora Muito Maluquinha” não deixa de apresentar alguns problemas a nível da narrativa que passam não só pelo seu final em aberto, que pouco ajuda o enredo, bem como pela prestação pouco convincente de Joaquim Lopes como Padre Beto (por momentos, cheguei a visualizar a falta de emoção de um Keanu Reeves).
André Alves Pinto e César Rodrigues transportam o espectador para um mundo próximo dos contos de fadas, que, ao mesmo tempo, é muito real. Um mundo recheado de candura, inocência e, ao mesmo tempo, dos problemas quotidianos que afectam cada um. Elaborado claramente tendo em vista cativar o público infantil, “Uma Professora Muito Maluquinha” apresenta-se aos espectadores como uma comédia leve, divertida e encantadora, que consegue chegar de forma natural ao público de todas as idades. Formado por um elenco interessante do qual sobressaem Paola Oliveira e Chico Anysio, o filme conta ainda com momentos divertidos que transportam o espectador para o interior do enredo, fazendo-o relembrar alguns episódios da sua infância. Presentado com boas interpretações e acompanhado por um argumento leve e divertido, “Uma Professora Muito Maluquinha” é o filme ideal para ver em família e sair da sala com boa disposição.


Disponível em: http://bogiecinema.blogspot.com.br/2012/05/resenha-critica-uma-professora-muito.html. Acesso em: 27 de mai. 2013.

Resenha do filme Uma Professora Muito Maluquinha





                                                                                     Por
Poucas pessoas notaram a passagem de “Uma Professora Muito Maluquinha” pelos cinemas, que amargou um baixíssimo número de espectadores. Especialistas tentaram justificar o fracasso por conta do relacionamento de Paola Oliveira e Joaquim Lopes, que rendeu certo burburinho em mídias de fofocas. Para quem não sabe, Joaquim Lopes rompeu com a também atriz Thais Fersoza apenas uma semana após se casarem. Pouco tempo se passou e Joaquim já era flagrado com Paola Oliveira. No entanto, a realidade se mostra menos tola. Um filme como “Uma Professora Muito Maluquinha” não é visto porque o seu público-alvo, as crianças, vive em uma geração bem distinta daquela vivida por Cate (Paola Oliveira).















A história se passa numa cidadezinha no interior chamada São João del-Rei na década de 1940 e flagra Cate iniciando sua carreira como professora de uma escola primária. Dona de um carisma e entusiasmo radiantes, Cate oferece uma didática que vão além do que seus pequenos alunos esperavam, o que rapidamente desperta a fúria de suas rigorosas colegas de profissão, tão afeitas a um modelo de ensino ultrapassado e ainda em voga nos dias atuais. Soma-se aí a má fama de namoradeira que Cate tem diante dos mais conservadores, que inclui o padre Beto (papel de Joaquim Lopes), também diretor da escola da cidade e antigo amigo de Cate.

Como autor da obra homônima, Ziraldo escreveu “Uma Professora Muito Maluquinha” com a intenção de fazer crítica a um sistema de ensino que oferece para as crianças uma experiência de aprendizado que mais parece aborrecê-las do que entusiasmá-las. Encaixa-se aí o “aprender brincando” tão pregado por Ziraldo, capaz de transformar uma sala de aula um ambiente aonde todos possam dar asas a imaginação. Como adaptação cinematográfica, “Uma Professora Muito Maluquinha” supera suas fragilidades narrativas sempre que esse espírito de Ziraldo é preservado, surgindo em sequências que se valem especialmente pelo iluminado desempenho de Paola Oliveira, que consegue despertar especialmente no público maduro o quão prazeroso era aquele tempo aonde tínhamos livros, cinema, música, teatro e brincadeiras em sala de aula como ferramentas de conhecimento.



     Disponível em: http://cineresenhas.com.br/2012/02/16/uma-professora-muito-maluquinha/. Acesso em: 27 de mai. 2013.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

Programa Família em Foco, da TV Aparecida.



Nesse programa se discute que a atualmente, na escola, a "matéria" mais difícil não é a Matemática, a Língua Portuguesa, Ciências e etc, mas...Descubra qual é assistindo o vídeo abaixo:


Fonte: Vídeo da internet

terça-feira, 21 de maio de 2013

Imagem da mulher no século XXI .






Fonte: Vídeo da internet




Crônicas De Uma Julieta Do Séc XXI - Segunda Parte




Na teoria as coisas sempre funcionam melhor que na prática e não seria diferente no caso de Julieta e Carlos. Neste ponto é preciso abrir um parênteses para que todos entendam o porquê da resistência da familia da moça. Acontece que sendo ela filha única de um casal já idoso e de tradicional familia no interior mineiro, era muito cobrada em seguir a profissão do pai, renomado médico local. O senhor José queria  que sua filha cursasse medicina na capital mineira e depois retornasse à cidade para assumir o cargo que ele mantinha já a 25 anos.


 Porém por mais que saibamos que as familias sempre desejam a nossa felicidade a jovem Julieta, ao contrário do que seus pais queriam, sempre sonhou cursar Letras e assim pesquisar o que levou Shakespeare a escrever a tragédia veronense que envolve seu nome. Seu pai porém discursava dizendo que ser professora no Brasil não vale a pena, se é desvalorizado(no que realmente ele esta certo em dizer infelizmente). 


Carlos porém incentivava a amada em seu sonho lhe presenteando com livros sobre literatura estrangeira sempre que sobrava um pouco de seu salário. O rapaz trabalhava de escriturário em um grupo de advogados associados sonhando um dia poder ainda seguir esta profissão. Filho de mãe professora primária e pai operário precisou desde os 16 anos ajudar com as despesas da casa e de seus 3 irmãos menores. O rapaz ao contrário do que pensava seu “sogro” queria sim melhorar de vida e um dia ainda esperava poder retomar seus estudos.

Em meio a esses conflitos pessoais o casal Carlos e Julieta continuava seu namoro à distância agora a cada dia mais discutindo sobre como fariam para tirar a moça da cidade sem que sua familia descobrisse. Julieta pretendia contar com a ajuda de uma grande amiga, Ana Carolina que entendia o amor que ela carregava no peito já que também estava apaixonada. Ana era menina faceira sendo considerada precoce pelas carolas da cidade mais era boa moça só tinha os pensamentos mais avançados que a maioria dos moradores locais já que morou alguns anos no Rio de Janeiro no início da adolescência. Julieta e sua amiga agora compartilhavam do segredo de seu plano de fuga.

Faltando alguns dias para um feriado prolongado que daria a chance de Carlos visitar sua amada, a troca de e-mails e telefonemas se intensificou já que precisavam organizar tudo nos mínimos detalhes. Durante a semana Julieta levava discretamente algumas peças de roupa e uso pessoal para a  casa de Ana que lhe emprestaria uma mala para a fuga. Mesmo não podendo levar todos os seus pertences a moça não gostaria de se separar de várias de suas roupas, maquiagens e sapatos. O maior entrave que estava acontecendo era o dinheiro, como não trabalhava e recebia apenas mesada do pai, a moça estava preocupada em como fazer para comprar sua passagem para a capital carioca. O coraçãozinho de Julieta estava ao mesmo tempo exultante com a perspectiva de enfim viver plenamente seu amor e triste por decepcionar seus pais, principalmente o senhor José que a considerava ainda sua eterna menininha, sua filha tão esperada em que depositava tantos de seus sonhos de mocidade.
   

Enfim chega o dia que Carlos chega na cidade , agora era ver se tudo que planejaram daria certo.

Márcia Canêdo 

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